Sobre mim

O começo de tudo

Lulu Sabong iniciou seus estudos em 1983, com Sherahzad, Armênia residente no Brasil, com quem aprendeu os princípios da Dança Oriental. Esta foi sua única professora no Brasil e uma fonte de incrível inspiração. Em 1985, foi sua primeira apresentação na Khan el Khalili – Egypt, em São Paulo. Este também foi o ano do seu casamento, em uma parceria que duraria 21 anos, durante os quais, ela esteve a frente do ensino e da qualidade artística da casa, construindo a estrutura técnica e o estilo. No qual, hoje em dia é reconhecido em todo o Brasil.

Início como professora

Em 1990, iniciou a carreira como professora, dentro da Khan el Khalili. Lá também nasceria a escola que hoje detém a tradição incontestável de um alto nível em ensino e qualidade dentro da Dança Oriental em nosso país. Desde o inicio a criação das aulas e do conteúdo didático sempre esteve a seu cargo.

A partir daquele momento duas empresas caminhavam juntas. Khan el Khalili Egypt e Lulu Sabongi Eventos. Ambas conectadas por laços comerciais e também afetivos já que os sócios eram marido e mulher e desenvolviam o trabalho juntos.

Primeiras conquistas

Em 1992, sua primeira viagem aos USA, foi em busca de maior conhecimento e contato com novos professores. Aulas com Ibrahim Farah e Anahid Sofien.

Aconteceu uma grande festa na Khan el Khalili para celebrar os dez anos de dança, com a presença de um público estimado de 400 pessoas, reunindo assim, o maior grupo de pessoas interessados na dança até então.

Foi lançado o primeiro vídeo didático de Dança do Ventre no Brasil. Lançado pela Livraria Hórus, a convite de seus fundadores, Lea e Jean, como sendo o primeiro vídeo de uma série explorando as danças sagradas do mundo. Neste primeiro trabalho os integrantes foram: Lulu Sabongi, Lea e Jean, e José Roberto Prazeres

Após o primeiro vídeo uma longa coleção teria início. Em 1995, após o nascimento de seu segundo filho e o lançamento de mais 3 vídeos didáticos sobre a dança. Sob a direção da cineasta Kátia Mesel e edição de Jorge Sabongi, na época seu sócio e também marido.

Em 1997, Lulu fez um curso com o coreógrafo Ghassan Fadlahlah, solista do grupo Caracalla, em viagem ao Brasil, a convite de Fadua Chuffi.

Houve o lançamento de uma coleção de 17 vídeos didáticos, envolvendo os mais variados temas dentro da Dança Oriental, desde estilos até conteúdo rítmico. Um trabalho de larga escala com convidadas de todas as partes do Brasil. Todas as bailarinas convidadas sem exceção eram alunas de Lulu e naquele momento já eram profissionais na área da dança. O evento reuniu profissionais e amadores.

Ela realizou sua primeira viagem ao Egito, em busca de maiores conhecimentos técnicos e crescimento. Aulas com Rakia Hassan, Shallaby, Mahmoud Redá.

Teve uma grande festa comemorando seus 15 anos de dança, no clube Syrio Libanês em São Paulo. Com música ao vivo. A festa trouxe um público de 1300 pessoas para a celebração.

Aconteceu um Workshop no Brasil com Shorkry Mohamed, coreógrafo Egício, vivendo na Espanha – Madrid.

 

Início das viagens internacionais

Primeiro país visitado por ela, foi a Suécia, como estudante de um curso dado por Morrocos. Primeiros contatos internacionais e convites para trabalhar na Europa. Neste mesmo ano houve sua primeira viagem a Noruega, tendo Bergen como cidade principal, a convite de uma amiga pessoal de longa data Claudia Carlsen. Foi esta pessoa também quem produziu seu segundo website. O primeiro foi criado e desenvolvido por Jorge Sabongi, então seu marido e parceiro.

Ela teve um curso com Mohamed Shokry em Barcelona, e permaneceu na mesma cidade a convite da bailarina e coreógrafa Devora Korek.

Aconteceu a criação da Pré Seleção Khan el Khalili. Juntamente com Jorge nasce a ideia de criar um processo seletivo para alavancar a qualidade e homogeneidade da dança em todo o país. Decidiram criar a possibilidade de reconhecer através de um processo justo e baseado em critérios pré-estabelecidos. As pessoas que estudam e desenvolvem seu trabalho preocupado em manter a autenticidade e alta qualidade em dança oriental em nosso país. Todos os anos recebem material das mais diversas áreas do Brasil, num total de 150 dvds, a serem analisados um a um. Posterior a esta análise, cada participante recebe uma avaliação pessoal sobre sua performance e conhecimento em dança. Os critérios técnicos de avaliação nasceram a partir do desenvolvimento de minha metodologia própria aliados ao caráter artístico da dança, desenvolvido dentro da Khan el Khalili.

Teve o Workshop com Rakia Hassan no Brasil.

Em 2002, ela fez sua primeira visita ao Festival Egípcio Ahlan wa Sahlan. Convidada a se apresentar na festa de encerramento do festival juntamente com suas parceiras de trabalho no Brasil , Shahar el Badri (residente hoje em Londres) e Soraia Zaied (atualmente vivendo e trabalhando no Egito). Ambas eram neste ponto professoras de sua escola no Brasil, que então já contava com mais de 350 alunas.

Lulu participou de aulas com Mo Gedawi, Mr Faruk, Zaza Hassan, Rakia Hassan, Dina, Randa, Mam Freizz, Newen Ramez, Hassan Afifi, Ashraf Hassan e outros professores no festival.

Fez uma viagem ao Egito para aperfeiçoamento. Teve aulas particulares com Aida Nour, Farida Fahmy, Mahmoud Redá, Dandash.

Completando seus 20 anos de atuação em dança, aconteceu um grande evento no Memorial da América Latina, celebraria o encontro de mais de 400 bailarinas no palco. Convidadas de todo o Brasil, escolas e profissionais ligadas ao seu nome, estiveram presentes no evento que reuniu 1.600 pessoas. Gravado em DVD e a disposição desde então. O maior evento artístico envolvendo a arte da dança do ventre no Brasil.

Em 2004, ministrou Workshops na Islândia, Espanha e Argentina.

Nos anos 2004, 2005 e 2006, houve o Festival no Egito, convidada como professora do Ahlan wa Sahlan. Aulas durante o festival com todos os professores atuantes.

Em 2010, exclusive festival – Criado por Lulu Sabongi e Gamal Seif, visando oferecer atendimento personalizado com aulas no Cairo- Outubro 2010.

A partir de 1999, com as viagens internacionais, um novo ciclo de trabalho se desenvolveria para Lulu e novos países foram adicionados a lista de visitas anuais

No ano de 2010, criou um sistema de avaliação em qualidade de dança, derivado de seu primeiro projeto dentro da anitga companhia Khan el Khalili, e hoje oferece um selo de abrangência internacional, para todas as bailarinas que gostariam de ter uma opinião abalizada, e detalhada sobre sua performance Selo de qualidade em Dança Oriental – Lulu from Brazil.

Neste ano de 2013 , em dezembro completará 30 anos de carreira e até o momento já visitou a trabalho 31 países, incluindo seu pais de nascimento.

Mentores e fontes de inspiração

Lista dos professores que jamais serão esquecidos, por fazerem no passado e no presente parte da sua vida.

Sherahzad, Farida Fahmy, Mahmoud Redá, Rakia Hassan, Morroco, Ibrahim Farah, Anahide Sophien, Ghassan Fadlahlah, Amany, Dina, Aida Nour, Souhair Zaki, Mona Said, Najwa Fuad, Ibrahim Akef, Mr Farouk, Zaza Hassan, Ashraf Hassan, Hassan Afifi, Shalaby, Gamal Seif ( my actual partner in dance and projects), Khaled Seif, Momo Kadouss, Shokry Mohamed, Mohamed Shahin, Hussein, Mo Gedawi, Newen Ramez, Freizz, Ahmed Fekri, Yousri Sharif, Mohamed Kazafy, Khaled Mahmoud, Randa Kamel, Lucy, Sahara Saeda.

Agradecimentos de Lulu Sabongi a cada um dos nomes citados acima, com os quais teve contato direto através de aulas em grupo ou privadas. A cada encontro foram sempre novas faces da dança, e possibilidades de crescimento se apresentaram, tornando-a totalmente adicta dos momentos de aprendizado que pode ter com estes professores, onde quer que eles se encontrem.

Dentre os professores que ela nunca encontrou pessoalmente mas que também sempre foram fonte de estudo, através de vídeos e dvds, destaco:

Fifi Abdo, Naima Akef, Samya Gamal, Nadia Gamal, Zizi Mustapha, Nelly, Nadia Hamdi, Rendia, Taheya Carioca

Apesar de estudar estes professores apenas através de seus trabalhos, o impacto causado por isso pode ser notado na dança e presenciado de fato. As fontes de obtenção de conhecimento são inúmeras, basta o desejo e o empenho, o resto se manifesta naturalmente.

Ibrahim Farah, Anahide Sophien, Ghassan Fadlahlah, Amany, Dina- Egypt, Aida Nour- Egypt, Souhair Zaki- Egypt, Mona Said- Egypt, Najwa Fuad- Egypt, Ibrahim Akef- Egypt, Mr Farouk- Egypt, Zaza Hassan- Egypt – France, Ashraf Hassan- Egypt, Hassan Afifi- Egypt, Shalaby­ Egypt, Gamal Seif ( my actual partner in dance and projects) Egypt – Germany, Khaled Seif- Egypt – Germany, Rakia Hassan-Egypt, Farida Fahmy- Egypt, Mahmoud Reda –Egypt, Gail Haddad- Canada, Sereena – NY, Dandash- Egypt, Shokry Mohamed – Egypt, Shahrazad – Armenia, Dahleena – USA, Mohamed Shahin- Egypt, Hussein- Egypt, Mo Gedawi- Egypt, Newen Ramez- Egypt, Freizz- Egypt, Ahmed Fekri- Egypt, Yousri Sharif- Egypt- USA, Mohamed Kazafy – Egypt, Khaled Mahmoud—Egypt- United Kingdom, Randa Kamel- Egypt, Lucy- Egypt, Sahara Saeda- USA.

Texto publicado por Lulu Brasil Lulu Danças

“Quando comecei minhas aulas de dança, minha professora – Shahrazad -dizia que meus braços pareciam cabos de vassoura… Eu via os braços dela, e me encantava com aquela graciosidade a tal ponto, que foi impossível abandonar as aulas. Pensava comigo, “nenhum bebê nasce sabendo, com certeza ela também teve seu período de aprendizado, por que não eu?”
Por diversas vezes, pensei em desistir, mas um bichinho dentro da minha cabeça de menina dizia, “você gosta tanto disso, fica só mais um pouquinho vai!”
Assim eu fui ficando, e, devagar fui descobrindo onde estavam minhas travas, aprendendo a abrir os ferrolhos e colocar lubrificantes nos lugares enferrujados, até que aquele corpo novo, mas muito duro, começou a se mostrar um pouco mais maleável.
Sinto que ao tomar contato com a dança todas nós percebemos o quanto não somos donas de nosso corpo e essa descoberta nos surpreende e assusta ao mesmo tempo. Quantas vezes já ouvi em aula a expressão: “Eu entendi a explicação e estou dizendo a meu corpo o que fazer, mas ele não me obedece!” Na verdade, creio que num primeiro momento existe um conflito entre compreender mentalmente as ordens e senti-las em nosso corpo. Vivemos numa estrutura social que oferece pouco espaço para o afeto e menos ainda para cuidar de nossa vida interior. Correndo de um lado para o outro, oferecendo nossa eficiência no trabalho, a atenção para os amigos e afins, cuidando de filhos, familia. Quando chega a hora de cuidar de nós mesmas, o cansaço fala mais alto.
As aulas de dança parecem ser um bom começo para retomar o contato perdido.
Voltamos a ficar curiosas: como será que eu fico numa roupa de dança…como será quando já souber dançar, quando estarei pronta para fazer uma surpresa para alguém? Tantas possibilidades e tantos planos, que vão por água abaixo, depois de apenas três meses de aula!!! Nada que valha a pena, pode ser aprendido em apenas 90 dias, nenhum idioma será dominado em tão pouco tempo. A dança é a linguagem do corpo, se ele não foi treinado para falar, como estará pronto para proferir palestras depois de míseros três meses de preparação?
Dê tempo a si mesma, permita que as mudanças ocorram dentro de um ritmo normal. Nossas emoções não existem apenas em nossa mente mas deixam marcas profundas nos músculos, articulações e em toda nossa estrutura enquanto ser humano. Dançar significa permitir a soltura de nossas tensões, o relaxamento do controle, a abertura para os sentimentos. Por abrir tantas portas dentro de nós é que não é tão fácil assim…Respeitando nossos limites damos espaço para que eles afrouxem, como um elástico novo, que de acordo com o uso, fica mais macio e se alonga sem oferecer resistência. A resistência de nosso corpo está diretamente ligada a necessidade de defesa, todo ataque frontal recebe reação imediata; se minarmos nossas defesas devagar e suavemente, ensinaremos a nosso corpo que vale a pena relaxar.
Poder expressar-se através de uma arte, no nosso caso, a dança, é uma das maiores dádivas que podemos usufruir na vida, falar com nossos olhos, mãos, pés e tronco. Falar sem proferir palavras, falar direto ao coração de quem nos vê! Dando a oportunidade de interpretação ao outro. Afinal nem todos tem a mesma impressão ao ver um quadro e assim será conosco, cada pessoa que assistir a sua dança terá uma impressão diferente, uma mesma música trará diversas nuances, dependendo de quem a ouve.
Depois de seis meses em aula você começa a se sentir mais confortável em sala e descobre que nem tudo é tão difícil assim. Já decifra muitos movimentos e percebe que é questão de tempo executá-los com qualidade, aprende a ouvir o que seu corpo lhe pede e respeita os momentos. Inicia os primeiros passos, em forma de seqüências, deslocando-se no espaço e experimentando esse mundo novo. Desse ponto em diante, parte das ilusões iniciais já se foram, conhece outras pessoas e percebe que suas dificuldades são iguais as delas, algumas até parecem penar mais do que você. Na verdade, seu furor inicial já amainou e tudo é visto com maior clareza.”

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